primeiro dia na Havana


Havana parece-me umha cidade interessante, meio destartalada meio restaurada. Gente na rua sempre, umha negraça tendendo roupa de cores, bici-taxis onde um pedalea levando a dous paisanos atrás, jineteras bonitas polo malecom, jineteros que che explicam o bem que se vive em Europa e a sua admiraçom por Dinio ... O Parque Central e a Plaza Vieja dignos de ver e música por todos lados.

o campamento


No acampamento estamos noventa e quatro brigadistas de 20 a 80 anos em habitaçons com liteiras e comemos num comedor colectivo, froita tropical a esgalha. Nom paramos de suar. Hoje estivérom veteranos da loita clandestina e Sierra Maestra, agora estam a botar um film que recreia isse ambiente mais começou umha tromba de auga e tivérom que o suspender e passá-lo para um local coberto.

no campo


O trabalho no campo é de 7 a 11 h., vai-se levando arrincar ervas das plantas de guayaba da cooperativa “Vanguardia Nacional” de Caimito; á meia hora já estas suando a chorro e a terra “carmelita” destes campos nom sae por moito que laves a roupa. Trabalhamos numha paisage verde tropical com palmeiras ao fundo.

as charlas


A segunda charla no acampamento vai sobre a economia cubana. Fala-nos um professor metódico e sério, marxista ainda que nom igualitarista, concordava cos incentivos económicos ... A terceira sobre política exterior por um membro da diplomacia, interessante e bem argumentada: “nom podemos ser o gulag do Caribe e o seu paraíso turístico, menos propaganda”, “aquí priorizamos a educaçom e a saúde a reparar baches e pintar casas”, falou da Operaçom milagro, do programa alfabetizador “Yo si puedo”, de que tenhem 30.000 cooperantes em todo o mundo, que ajudam a 40 países, que a sua diplomacia é de princípios éticos, que vam abrindo relaçons com países além de USA, etc.

música no acampamento


Esta noite tivemos um espectáculo de música cubana: melódica, ballet, show africano, e rematárom fazendo-nos bailar a conga a todos no meio do cenário. Tenhem música ambiente constante, muito Silvio, perfeito, sempre que soa anima-me.

Ciudad Libertad


Ciudad Libertad é o temido quartel Columbia da ditadura de Batista transformado em universidade educativa. Ali vimos o museu da Alfabetizaçom, umha emocionante lembrança da campanha de 1961, em plena invasom da Bahia de Cochinos, na que 100.000 moços/as fôrom alfabetizar 720.000 paisanos do interior durante 8 meses. Está moi bem reflectido na película El Brigadista. Igualmente nos explicârom o programa cubano “yo si puedo” co que andam alfabetizando meio mundo, este mês rematárom a campanha em Bolívia.

turismo


Contava o professor de economia que os salários oscilam entre 300 e 800 CUCs, mais tenho a impressom que o turismo, a sua “indústria nom contaminante”, trae outros problemas: pensa nos tipos prepotentes que se achegam cos seus euros a esta gente culta e orgulhosa, ou nas diferenças com quem trabalha em negócios privados.

CDR


Visitamos vários CDRs, organizaçons criadas em 1960 para enfrentar a contra-revoluçom, som organizaçons barriais, participadas por gente humilde, que fomentam o trabalho voluntário, as mobilizaçons, etc e devem ter importante controlo social. Ali falei cum ferroviário que era “vanguarda nacional” e fazia trabalho voluntário todos os meses, sabia de memória a carta do Ché

Pinar del Rio


Pinar é umha pequena vila de arquitectura colonial e rebúmbio de gentes baixo soportais, chovendo avondo. Ali visitamos um hospital, umha empresa láctea e o exótico val de Viñales..

Pucho


Pucho portou-se explendidamente os dias que estivem na Havana, foi mencionar-lhe os meus planos de viage e preparou-me umha visita ao castelo colonial de El Morro, ao Museu Hemingway, ao teatro Rosalia de Castro. Convidou-me a jantar, levou-me no seu carro daqui para alá, etc. Boa gente.